A Pampulha além do turismo: um espaço para prática de esportes

Por Laura Parreira, Maria Luiza Moura e Vítor Martins

A Lagoa da Pampulha é um lugar imperdível para quem mora ou turista em Belo Horizonte. Inaugurada em 1943, durante a gestão JK na prefeitura da capital, conta com uma arquitetura única e monumentos históricos nos seus arredores, como a Igreja São Francisco de Assis e a Casa do Baile – que deu ao conjunto arquitetônico o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, em 2016. Além disso, tornou-se o ponto preferido de amadores e profissionais para práticas esportivas. Caminhada, corrida e ciclismo estão entre os esportes preferidos dos que buscam o espaço.

Por todos esses elementos, a lagoa se torna um atrativo para o surgimento de eventos esportivos, incluindo alguns dos mais importantes do país, como a Volta Internacional da Pampulha, uma das principais corridas de rua do Brasil.

A Volta ocorre todos os anos em BH desde 1999 e já recebeu corredores ilustres do país, como Vanderlei Cordeiro, Franck Caldeira e Giovani dos Santos. Mas a corrida não atrai somente os atletas profissionais.

Weder de Almeida tem 52 anos e já participou de diversas competições em Belo Horizonte. Só na Volta da Pampulha, já foram cinco participações, todas como amador, sendo que duas como corredor e outras três como acompanhante de outros corredores.

Weder de Almeida / Divulgação Pessoal

Weder tem uma assessoria voltada para o auxílio de corredores iniciantes a alto rendimento. Segundo ele, os atletas, sejam profissionais ou amadores, se preparam desde o início do ano e sempre vão à Pampulha realizar treinos que exigem maior distância. 

Como participante, Weder diz ser “uma ótima experiência, uma vez que a corrida traz muita alegria para aqueles que concluem a prova, além de acontecer em meio a um lugar que esbanja uma linda arquitetura.”

O agora assessor vai participar da 24ª Volta, dia 10 de dezembro, e contou um pouco das características da prova.

“A volta da Pampulha é uma prova muito técnica, por exigir uma combinação de fatores que vai desde uma boa alimentação na semana, até mesmo a superação no dia, uma vez que as ruas ficam estreitas por ter tantos competidores.”

Weder de almeida, corredor amador

Além dele, Amanda Carmo dos Santos, 33, também é corredora amadora e disputou a prova em 2019. Para ela, a experiência de correr na Pampulha é única: “É emocionante por conseguir completar a volta de 18 km. Me preparei treinando distâncias mais longas e sempre me preocupando com alimentação, suplementação e hidratação.”

A atleta faz parte da equipe ITT Avante de Itabirito e, além da alimentação, treina corrida três vezes na semana, além de musculação de segunda a sexta.

Amanda Carmo / Divulgação pessoal

Quando questionada sobre a diferença da prova que acontecerá em dezembro deste ano para as demais provas, Amanda apontou a importância da Volta da Pampulha.

“A Volta da Pampulha é uma corrida de maior dimensão, têm uma maior estrutura, com kit de chegada com mais variedade. O que me marcou na Volta da Pampulha foi ver pessoas se superando, cada uma superando seus limites.”

Amanda carmo, corredora amadora

Amanda elogiou o trajeto da corrida da Pampulha, em que já é veterana: “Já participei de várias. É um local que me sinto bem em correr. O trajeto é plano, fácil para todos que desejam se aventurar em uma corrida.”

A Lagoa ainda conta com diversos outros eventos além da Volta Internacional. Weder e Amanda integraram também a Corrida da Boníssima e o Circuito das Estações.

A Corrida da Boníssima possui trajetos das mais diferentes distâncias, além de possuir duas etapas: “verão” e “inverno”.

Weder participou, junto de seus alunos, das duas edições da corrida deste ano como preparação para a meia maratona de Buenos Aires e diz que, “por ser em estações diferentes, o que diferencia são as distâncias oferecidas. Eu prefiro a de verão, onde estamos começando a preparação para as corridas com os objetivos já traçados.”

Já Amanda disputou a etapa “verão” em fevereiro deste ano: “Nela, fiz 5km. Fui com mais pessoas da equipe que faço parte. Foi uma experiência maravilhosa, ter toda a equipe junto e torcendo um pelo outro.”

O Circuito das Estações possui etapas de todas as estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. Segundo Weder, as etapas não são tão diferentes entre si, com exceção da diferença do clima.

Amanda participou da prova quatro vezes e falou sobre seu crescimento ao longo da prática.

“Sinto a cada etapa que posso melhorar. Na primeira etapa fiquei em 7ª geral feminino nos 10km e nas últimas etapas consegui chegar ao 4º geral dos 10 km”, finalizou.

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Autor: Laboratório de Comunicação e Esporte

O Laboratório de Comunicação e Esporte é uma disciplina de graduação ofertada anualmente no Departamento de Comunicação Social (DCS) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pela professora Ana Carolina Vimieiro.

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