Esse esporte que mistura ritmo, coreografia e técnica é a cara do Brasil e, em 2024, uma medalha histórica pode estar a caminho
Por Bianca Marinho Moreira (@biboools)
Escutamos muito sobre Rebeca Andrade e Flávia Saraiva, as nossas queridinhas à medalha olímpica na ginástica artística. Contudo, pouco se discute sobre a ginástica rítmica e suas perspectivas de medalha para o Brasil.
Vem conferir tudo o que você precisa saber sobre essa modalidade para ficar antenado nas Olimpíadas de Paris e torcer por nossas atletas!
Um breve histórico
A ginástica rítmica surgiu no início do século XX e, a princípio, foi chamada de ginástica moderna. Esse esporte, exclusivamente feminino, estreou nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. A categoria de conjuntos demorou mais 12 anos para ser oficializada na competição olímpica, apenas em 1996.
É um esporte tradicionalmente europeu, com Rússia, Bulgária e Espanha no pódio em número de medalhas. Excluindo países da Europa, apenas Canadá e China obtiveram vitórias nessa categoria esportiva.
Esse cenário histórico é desanimador para o Brasil, tendo em vista, ainda, que o melhor desempenho olímpico do país foi em 2016, pela ginasta individual Natália Gaudio, que alcançou o 23º lugar. Contudo, em 2024, essa história pode mudar.
Conheça as nossas atletas
Para Paris 2024, o Brasil foi classificado na categoria de conjuntos graças ao 4º lugar no Mundial de 2023, com as ginastas Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pircio, Déborah Medrado, Sofia Madeira e Victória Borges.
O time tem mostrado resultados incríveis em Copas do Mundo, Mundiais e Pan-Americanos. Elas levaram para casa ouro na série mista e prata na classificação geral da Copa do Mundo 2024, somado ao segundo lugar geral no Pan-americano 2024.
Apesar de ter sofrido uma lesão no tornozelo direito durante os treinamentos, Duda Arakaki, capitã da equipe, segue firme para Paris. Em entrevista para o jornalista Daniel Perissé, durante o Mundial de 2023, Duda comenta:
“(Competi) graças à muita fisioterapia, muito trabalho duro e, principalmente, muito Deus, muita união. Com certeza foi um milagre. Foi uma lesão séria, relativamente séria, e em três dias eu consegui retornar”
Na disputa individual, Bárbara Domingos será a nossa atleta. A jovem de 24 anos já fez história: é a primeira brasileira a chegar à final do individual geral em campeonatos mundiais, conquistando o 11º lugar no Mundial de 2023. Na Copa do Mundo 2024, conquistou 4º lugar nas bolas e nas massas.
Favoritas ao pódio
Na categoria individual, as atletas que representam a maior ameaça à sonhada medalha brasileira na ginástica rítmica são:
- Darja Varfolomeev (Alemanha): atual campeã Mundial e campeã geral por aparelhos nos circuitos de Copas do Mundo de 2024.
- Stiliana Nikolova (Bulgária): campeã europeia e vice-campeã do Mundial em 2022.
- Sofia Raffaeli (Itália): ouro no Mundial 2022 e prata em 2023.
Já nos conjuntos, vale destacar os seguintes países:
- Israel: Vencedoras do último Mundial e vice-campeãs no Europeu em 2023.
- Bulgária: Campeãs em Tóquio 2021 e no Europeu de 2024.
- China: Vice-campeãs Mundiais e vencedoras dos circuitos de Copas do Mundo de 2024.
Calendário
A competição durará três dias consecutivos em agosto. Confira abaixo as datas e horários:
Classificatórias do individual: 8 de agosto – 5h e 10h (horário de Brasília)
Final do individual: 9 de agosto – 9h30 (horário de Brasília)
Classificatórias do conjunto: 9 de agosto – 5h e 6h15 (horário de Brasília)
Final do conjunto: 10 de agosto – 9h (horário de Brasília)