
por Malu Moura, estudante de Jornalismo da UFMG
O jogo entre Internacional e Sport que aconteceu nesta segunda (31), em Porto Alegre, pela terceira rodada do Brasileirão Feminino, foi marcado por um episódio lamentável de racismo. Nos acréscimos do 2º tempo, logo depois do Sport marcar o gol de empate, uma banana foi arremessada em direção ao banco de reservas do clube pernambucano.
Em nota oficial, o Sport classificou o ato como “repugnante” e exigiu “punição exemplar do responsável”. Após a partida, o diretor de futebol feminino Alessandro Rodrigues registrou um Boletim de Ocorrência.
Horas depois da partida, a CBF se manifestou sobre o caso e pediu à Procuradoria-Geral do STJD que o Internacional seja punido preventivamente até o julgamento, cumprindo três partidas de portões fechados fora de Porto Alegre. A partida realizada em Porto Alegre terminou empatada em 2 a 2.
À noite, em nota oficial, o clube gaúcho informou que identificou o responsável pela atitude. De acordo com o Internacional, o ato foi responsabilidade de uma atleta da base que teve seu contrato rescindido. Em nota oficial, o clube gaúcho afirmou que “se solidariza com a equipe do Sport Recife, colocando-se ao seu lado na busca pela apuração dos fatos e no combate à discriminação. O futebol deve ser um exemplo de inclusão e respeito, dentro e fora das quatro linhas.”
O episódio foi registrado pelas câmeras da TV Brasil. Nas imagens da emissora, é possível ver a quarta árbitra Andressa Hartmann recolhendo o pedaço de banana para registrar o caso em súmula. Ela foi até o local após muita reclamação das jogadoras do banco do Sport. A árbitra Cássia Franca de Souza relatou o caso na súmula.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que o Internacional jogue partidas com os portões fechados até o julgamento pelo ato racista.
Expediente
Apuração e redação: Malu Moura
Edição: Olívia Pilar
Coordenação: Ana Carolina Vimieiro