por Carol Freire, estudante de Jornalismo da UFMG
Depois de algumas semanas perdidas, desamparadas e sem saber mais o que assistir na TV, as fãs de vôlei de quadra voltam a se alegrar! A Liga das Nações começou hoje, dia 04 de junho, e já tem a estreia da Seleção Feminina às 17h30 contra a República Tcheca.
Na fase de grupos, que termina em meados de julho, o Brasil precisa enfrentar adversárias históricas, como Japão, Estados Unidos e Itália, mas nossas jogadoras sabem fazer bonito, chegam grandonas para esses jogos e, apesar da falta da líder Gabi Guimarães nos jogos da primeira semana, o time chega preparado para enfrentar o que der e vier.
Das 30 jogadoras escolhidas por Zé Roberto para integrarem a Seleção Brasileira, as 14 que participam da estreia de hoje são Macris, Roberta, Jheonava, Tainara, Aline Segato, Ana Cristina, Julia Bergmann, Helena, Diana, Julia Kudiess, Lorena, Luzia, Laís e Kika e, dentre elas, seis conquistaram o bronze nas Olimpíadas de Paris (Macris, Roberta, Tainara, Ana Cristina, Julia Bergmann e Diana). Além delas, o técnico ainda pode adicionar Rosamaria, Kisy, Lanna e Marcelle para os outros jogos da primeira semana. Me diz se esse não é um time de peso, que tem, e muito, chance de nos trazer ótimos resultados?
E, falando nele, o comandante, o Zé também se mostra entusiasmado e focado para o campeonato. Em entrevista, o treinador enfatizou que as expectativas para a VNL são sempre grandes e que, desde a mudança do nome do torneio, que anteriormente era nomeado como Grand Prix, o Brasil ainda não conquistou o primeiro lugar, mas, como Grand Prix, tinha nove. “É sempre um campeonato a ser conquistado. A gente vai usar a Liga das Nações também como preparação. Nosso campeonato mais importante esse ano é o Mundial, na Tailândia. O planejamento para a VNL está feito, e a expectativa é estar no pódio”, completou em entrevista ao Ge.
Será que essa conquista chega esse ano?
Na expectativa por novos espetáculos, já que o Brasil tem histórico de passear sempre por uma das quatro primeiras posições finais, as torcedoras podem se animar para voltar a comentar sobre vôlei nas horas vagas e vibrar até o último ponto com a nossa seleção.
O cenário do Brasil na primeira fase
Apesar de nossa forte escalação, sabemos que o vôlei feminino é uma potência em muitos cantos do planeta e nossa primeira semana já começa com três das quatro maiores seleções que podem apresentar certo perigo. Estados Unidos, Itália e Japão costumam ter um nível bem parecido com o Brasil, com direito a jogos acirrados, e também costumam frequentar as quatro ou cinco primeiras posições no ranking final. Outro confronto que deve ser forte é contra a Turquia, mas esse time só enfrenta nossa Seleção no final das segunda semana, no dia 22/06. Portanto, nossa estreia de hoje provavelmente vem com gostinho de vitória, mas os próximos jogos prometem ser mais acirrados.
Não tem mais time bobo. A gente precisa ter um bom ritmo e tentar começar bem a competição. Sempre falo que o importante é terminar bem, mas seria bom começar bem também. São jogos importantes, que acho que é o que nosso time precisa. São jogadoras jovens, mas que precisam de rodagem e de estrada para cada vez estarem mais familiarizadas com o que vão encontrar e com as crises que podem vir a acontecer
Para nossa querida Fabi Alvim, ex-líbero da Seleção, bicampeã olímpica e atualmente comentarista da Rede Globo, o cenário é de atenção com as outras seleções. “Como estamos falando de uma seleção brasileira que talvez tenha ausências, a equipe precisará entrar ligada em todos os jogos da VNL. Talvez a Coreia do Sul, que tem passado por muitas dificuldades, seja um oponente mais tranquilo, mas os demais times vão oferecer desafios interessantes.”, comentou para o GE.
O que vem pela frente
Depois de acompanhar fielmente a Superliga, com desempenhos excelentes, resultados inesperados e o surgimento de novos destaques, agora é a vez de alçar voos mais altos, almejando também o campeonato mundial, mesmo que a primeira semana da VNL ainda seja aqui em casa, no Rio de Janeiro.
O destaque de perigo desse campeonato, além das grandes adversárias, são os jogos em dias seguidos que, por um lado, quando a equipe está bem estruturada, em sintonia e vencendo, pode ser bom para não perder o embalo e o ânimo. Por outro lado, precisar jogar novamente no dia seguinte e uma derrota pode ser devastador psicologicamente e afetar o desempenho da equipe. Mas, como torcemos sempre pelos melhores resultados, esperamos não contar com derrotas seguidas, ou mesmo com qualquer derrota.
O Instagram da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) tem acompanhado de perto a preparação da Seleção para a VNL e bateu um papinho com Kika (líbero), Aline Segato (ponteira) e Jheovana (oposta) sobre suas expectativas para a competição:
A “agenda Brasil” da primeira semana é a seguinte:
- 04/06 às 17h30 – Brasil X Tchéquia
- 05/06 às 21h – Brasil X Estados Unidos
- 07/06 às 13h30 – Brasil X Alemanha
- 08/06 às 10h – Brasil X Itália.
Só jogão!
Pode começar, Liga das Nações! Porque nossa equipe já está preparada e nós, torcedoras entusiastas do vôlei, não vemos a hora de voltar a torcer e vibrar com cada ponto.
Expediente
Redação: Carol Freire
Edição: Olívia Pilar
Coordenação: Ana Carolina Vimieiro
Revista Marta 