Evidências de uma nova era: ginástica rítmica do Brasil chega ao pódio mundial

por Emanuel Altair Cortez, estudante de Jornalismo da UFMG

No último fim de semana (23 e 24 de agosto) , a seleção brasileira de ginástica rítmica fez história subindo ao pódio pela primeira vez em campeonatos mundiais. As ginastas Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha protagonizaram esse feito inédito conquistando a medalha de prata no Conjunto Geral e na série mista.

A fase final do mundial iniciou-se no sábado com a final do Conjunto Geral. O grupo brasileiro fez sua primeira rotação na série mista, ao som do clássico “Evidências”, que foi cantado em alto e bom sol pela torcida presente na Arena Carioca 1, criando uma atmosfera de arrepiar no ginásio. As atletas brasileiras foram ovacionadas e receberam a nota 27.850, até então a maior da equipe em uma série mista em 2025.

Durante a segunda rotação (cinco fitas), o conjunto brasileiro apresentou uma coreografia com nota de dificuldade alta (13.100) e, mesmo com alguns pequenos erros, comemoraram muito a apresentação. A série rendeu a nota de 27.400 que, assim como na série mista, foi a maior da equipe no ano. Com a nota total de 55.250, restou às atletas brasileiras torcer para manter o lugar no pódio. O conjunto do Brasil liderou o restante da competição até que foram superadas pela equipe do Japão, que terminou com 55.550 após a última apresentação. Assim, a performance histórica de Duda, Nicole, Sofia, Mariana e Maria Paula rendeu uma medalha de prata inédita para o Brasil, apenas 0.300 pontos atrás das medalhistas de ouro.

No domingo, o conjunto brasileiro brilhou novamente e conquistou outra medalha de prata, dessa vez, na final da série mista. Novamente ao som de “Evidências”, as brasileiras fizeram uma apresentação espetacular, que rendeu a impressionante nota de 28.550, superando a marca do dia anterior no Conjunto Geral. O time brasileiro ficou atrás apenas da seleção ucraniana, que conquistou a medalha de ouro com 28.650.