Seleção Brasileira enfrentou dificuldades contra a França, mas demonstrou domínio em confrontos contra a Grécia e Porto Rico

por Carol Freire (caafreiree)
O Campeonato Mundial de Vôlei Feminino, que acontece na Tailândia, começou no dia 22 de agosto e contou com os jogos da fase de grupos até o dia 27 do mesmo mês. Nessa etapa, as seleções, divididas em oito grupos, contendo quatro equipes em cada, duelaram entre si para definir quais os 16 melhores times que avançam para o “mata-mata”.
A divisão de 2025, realizada por meio de sorteio, foi a seguinte:
- GRUPO A: Holanda, Tailândia, Suécia e Egito
- GRUPO B: Itália, Bélgica, Cuba e Eslováquia
- GRUPO C: Brasil, França, Grécia e Porto Rico
- GRUPO D: Estados Unidos, Eslovênia, Argentina e República Tcheca
- GRUPO E: Turquia, Canadá, Espanha e Bulgária
- GRUPO F: China, República Dominicana, México e Colômbia
- GRUPO G: Polônia, Alemanha, Quênia e Vietnã
- GRUPO H: Japão, Sérvia, Ucrânia e Camarões

O primeiro confronto da Seleção Brasileira
Nessa primeira fase, as equipes se enfrentaram de acordo com os grupos e cada uma teve três partidas para mostrar que era a melhor e tentar conquistar uma vaga nas oitavas de final. Holanda, Itália, Brasil, Estados Unidos, Turquia, China, Polônia e Japão seguem para a próxima etapa com três vitórias em três partidas jogadas. Já Tailândia, Bélgica, França, Eslovênia, Canadá, República Dominicana, Alemanha e Sérvia também garantiram suas vagas na segunda fase do Campeonato, porém com duas vitórias em três partidas.
Em busca de um título inédito nesse campeonato, a Seleção Brasileira estreou no dia primeiro dia da competição contra a Grécia. Em um jogo tranquilo do início ao fim, garantimos 3×0 com parciais de 25/18, 25/16 e 25/16. Gabi Guimarães, ponteira e nossa capitã, se consagrou a maior pontuadora da partida com 18 pontos, seguida da também ponteira Julia Bergmann, com 16 pontos. O técnico, Zé Roberto, destaca o ótimo desempenho da camisa 17 e sua participação essencial nos jogos.
Segunda partida com dificuldades
Apesar da estreia sem grandes emoções, a manhã de domingo (24) foi marcada por um conflito intenso, cheio de altos e baixos, contra a seleção francesa. Superando um início conturbado, o Brasil conseguiu emplacar 3×2 de virada, com parciais de 21/25, 20/25, 25/15, 25/17 e 15/13. Os dois primeiros sets demonstraram um desequilíbrio brasileiro muito forte, com alto índice de erros que poderiam ser evitados com maior atenção, fazendo com que a França não perdesse a oportunidade de garantir seu 2×0. Nossa reação aconteceu a partir do terceiro set, com ajustes fundamentais no bloqueio e na recepção, gerando uma virada emocionante.
Dentre as três seleções enfrentadas nessa primeira etapa, a França representava o maior perigo para nós e isso se refletiu no início do jogo tenso e sem muita conexão de tática entre as jogadoras, mas, com Julia Kudiess e Diana fortalecendo o “paredão”, a virada aconteceu brilhantemente.
“Essa vitória foi muito importante. Começamos o jogo com dificuldade, e sabíamos que seria assim. A gente aos poucos conseguiu ir se ajustando e isso é muito importante no nosso caminho no Mundial. […] A gente precisava de energia para virar o jogo, e foi isso o que aconteceu!”, declarou Rosamaria em entrevista ao Globo Esporte.
Classificação para as oitavas de final
Para fechar a primeira fase do Mundial com chave de ouro, o Brasil enfrentou a seleção de Porto Rico no dia 26, vencendo por 3×0 com parciais de 25/19, 25/13 e 25/18. Dessa vez, a central Julia Kudiess foi a maior pontuadora, com 14 pontos, seguida de Diana, da mesma posição com 13 pontos. A partida se manteve tranquila e com domínio 100% brasileiro, assegurando a vaga das nossas meninas na etapa eliminatória, com apenas dois sets perdidos em 11 disputados.
Os jogos contra a Grécia e Porto Rico também ficaram marcados por uma “tietagem” na nossa camisa 10! Gabi Guimarães, sendo uma grande jogadora e referência para muitas, cedeu autógrafos, fotos e muita simpatia às jogadoras adversárias.
Os jogos das oitavas de final se iniciam no dia 29 com os confrontos 1 e 2, entre Holanda e Sérvia, às 7h, e Japão e Tailândia, às 10h30, respectivamente. Os jogos 3 e 4 acontecem no dia 30, com Itália e Alemanha, às 7h, e Polônia e Bélgica às 10h30. No dia 31, com as oitavas 5 e 6, o Brasil entra em quadra contra a República Dominicana, às 10h30 e, no jogo anterior do mesmo dia, França e China se enfrentam às 7h. Para finalizar a segunda etapa do Mundial, no dia 01 de setembro ocorrem os confrontos 7 e 8, entre Estados Unidos e Canadá, às 7h, e Turquia e Eslovênia às 10h30.
Chaveamento complicado até a final
Finalizada essa etapa, as oito equipes vencedoras avançam para as quartas de final, que ocorrem nos dias 03 e 04 de setembro. O vencedor de um jogo enfrentará o vencedor do chaveamento seguinte ao seu, ou seja, as vencedoras das oitavas 1 e 2 se enfrentam, as 3 e 4 também e assim sucessivamente. Sendo assim, caso avance para a próxima etapa, vencendo a República Dominicana, o Brasil pode enfrentar a equipe que se der melhor entre China e França.
Apesar de ter grandes chances contra China ou França, visto que já conseguimos vitória sobre as francesas no Mundial e, em relação ao desempenho chinês, atualmente nossa equipe é mais forte, o Brasil enfrenta um chaveamento perigoso. A Itália está do mesmo lado da tabela que a nossa seleção, o que faz com que esse confronto histórico entre duas das melhores seleções de vôlei do mundo possa acontecer ainda nas semifinais. O último jogo em que esses times se encontraram foi na final da Liga das Nações de Vôlei (VNL) em que, apesar de conseguir encostar no placar e vencer o primeiro set, o Brasil foi superado pela seleção italiana, ficando mais uma vez com a prata.
O SporTV 2 e a VolleyBall World TV garantem a transmissão de todas as partidas de todas as etapas. Agora, nos resta torcer e acompanhar nossa Seleção queridinha, que se coloca como uma das favoritas ao título!
Expediente
Redação: Carol Freire
Edição: Olívia Pilar
Coordenação: Ana Carolina Vimieiro