Clubes articulam Liga Independente para substituir a Superliga a partir de 2026/27

Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

Por Carol Freire, estudante de Jornalismo da UFMG

Em busca de maior autonomia de patrocínio, transmissão e direitos, as equipes de vôlei brasileiro pretendem criar um novo campeonato independente, que serviria como substituto para a Superliga, na temporada de 2026/27. O portal O Tempo foi o porta voz da notícia, afirmando também ter acesso ao processo

De acordo com o blog, 21 dos 24 clubes que disputam a elite da competição estão de acordo com a criação da Liga Independente, apenas Capinas e Flamengo se mostraram contra o movimento e o Barueri não se posicionou a respeito. 

As insatisfações dos clubes, que alegam não ter uma relação boa com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), são referentes a questões como patrocínio, portanto financiamento, e direitos, além de questionamentos sobre os valores da atual competição. A Superliga da temporada 2025/26 se inicia no próximo dia 20 e seguirá os mesmos padrões dos anos anteriores, além de manter a exclusividade de direitos televisivos com o Grupo Globo.  

De acordo com o processo, o Branco XP Investimentos seria o principal patrocinador da nova competição, com os investimentos podendo chegar a R$60 milhões. Essa escolha vai contra as regras atuais da Superliga, já que o Banco do Brasil cumpre esse papel de patrocínio. O blog ainda afirmou que a atual ajuda financeira da CBV é de R$60 mil o que, para os clubes, soa como piada por não condizer com a receita da entidade e, com o apoio da XP, cada equipe receberia entre R$2 e R$4 milhões.  

Apesar da intenção de um novo campeonato sem que haja a interferência da CBV, a entidade precisa chancelar a Liga Independente para que ela possa acontecer, seguindo os mesmo modelos do Novo Basquete Brasil (NBB). 

A CBV se pronunciou oficialmente no dia 3 e, além de alegar estar ciente do ocorrido, disse que “tem uma relação de diálogo e parceria com os clubes e está sempre aberta a discutir propostas e diferentes formatos que visem a evolução da Superliga”. Além disso, a entidade afirmou que em 2024 foi criada a Comissão de Clubes e, desde então, todas as decisões sobre os campeonatos são aprovadas por todas as equipes. A Confederação também negou que seus repasses financeiros sejam de apenas R$60 mil, prestando contas de todos os serviços milionários realizados para que a Superliga aconteça.

“Encerrado o campeonato, a CBV apurou um custo aproximado de R$17 milhões na Superliga 24/25. O valor arrecadado com os direitos de transmissão, somado a outros valores de patrocínio, foi investido nos custos do evento e em benefícios para os clubes. […] A CBV, cumprindo seu compromisso no fomento da modalidade e do apoio e diálogo com clubes e atletas, segue aberta para receber propostas, sugestões e críticas que de fato possam melhorar as condições de preparação dos clubes e de organização dessa e de outras competições promovidas pela entidade, e que sejam benéficas para o desenvolvimento e a evolução do voleibol brasileiro e de todo o seu ecossistema.”, encerrou a entidade. 

Expediente

Redação: Carol Freire

Edição: Olívia Pilar

Coordenação: Ana Carolina Vimieiro

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