Dentil/Praia Clube perde para Sesc Flamengo

Momento de jogo da partida da Superliga Feminina de Vôlei entre Dentil/Praia Clube e Sesc Flamengo. Uma jogadora do Praia Clube, vestindo camisa amarela com o número 3, salta alto acima da rede para atacar a bola amarela e azul. Do outro lado, duas atletas do Sesc Flamengo - uma com uniforme preto e vermelho listrado e outra em fundo - tentam bloquear, com os braços estendidos. Outra jogadora do Praia Clube, com o número 9 nas costas, observa atenta a jogada. A rede exibe o logo “Superliga” e ao fundo, espectadores ocupam as arquibancadas. A imagem transmite tensão, técnica e competitividade típicas de um confronto de alto nível.
Foto: Mariana Sá/Flamengo

Por Duda Castro, estudante de Jornalismo da UFMG

Em um encontro que já carrega clima de fase final, mesmo ainda no começo da Superliga Feminina, Flamengo e Praia Clube mediram forças no Maracanãzinho com o peso simbólico de quem se acostumou a decidir títulos. Melhor para o time carioca, que venceu por 3 sets a 0 (25/22, 25/22, 26/24) ao mostrar leitura tática afiada e maturidade nas trocas de ritmo – elementos que, mais do que o placar, contam a história da noite.

O jogo se desenhou sem grandes margens de fuga no placar, mas com dinâmicas claras: o Flamengo foi eficiente em momentos de pressão, bloqueou caminhos e soube transformar bolas improváveis em continuidade de rally. Não houve domínio absoluto, e sim capacidade de assumir o protagonismo sempre que o duelo ameaçava pender para o lado mineiro.

A agressividade no saque e o sistema defensivo organizado foram determinantes para sustentar a proposta, não apenas neutralizando pontos fortes do Praia, mas criando uma atmosfera de desconforto para a virada de bola adversária. Quando o jogo apertou, especialmente na reta final de cada parcial, o Flamengo manteve controle emocional e clareza coletiva para fechar as janelas de reação.

O Praia, por sua vez, produziu bons momentos, mostrou mobilidade ofensiva e variações, mas encontrou mais barreiras do que fluidez. Em duelos desse nível, onde cada pequena sequência tem peso ampliado, a diferença se constrói justamente no que não se deixa escapar. E o Flamengo escapou menos.

Com o resultado, a equipe rubro-negra chega à segunda vitória na competição, ainda com um jogo a menos, e reforça uma postura que vai além do placar: consistência, intenção e leitura. O Praia sofre sua primeira derrota, mas mantém desempenho sólido no campeonato, sem sinais de desajuste.

Se a temporada ainda está longe de suas decisões, o encontro deixou uma mensagem clara: entre ajustes, novas caras e dinâmicas que ainda ganham corpo, Flamengo e Praia seguem pertencendo ao primeiro escalão da Superliga. A diferença, hoje, esteve nos detalhes e o Flamengo os tratou como prioridade.

Expediente

Redação: Duda Castro

Edição: André Quintão

Coordenação: Ana Carolina Vimieiro

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