Por Laura Parreira (@lauraparreirars), Maria Luiza Moura (@malumouraf) e Vítor Martins (@_vitorgmartins)
A equipe feminina do Cruzeiro vem desempenhando um bom futebol e é a atual líder do Campeonato Mineiro. E uma das principais responsáveis pelo desempenho do time é a defensora Camila Ambrózio, 27. Natural de São Paulo, ela tem se destacado pela Raposa com atuações seguras.
À Revista Marta, ela relembrou a trajetória no futebol até o atual momento em Belo Horizonte, contou da relação com a família e os desafios que teve em mudanças de posição, das repetidas lesões ao longo da carreira e por ser mulher. Além disso, projetou o que espera da equipe na disputa do Mineiro. Veja a entrevista no vídeo acima.
A camisa 14 começou a jogar futebol aos 9 anos, com o auxílio do pai. Disputou alguns campeonatos regionais até passar numa peneira do Taubaté, clube do interior de São Paulo. Desde a base, conviveu com alterações constantes na posição em que atuava e com lesões que a tiraram dos gramados por meses. Tornozelo e joelho foram os locais mais afetados por problemas médicos. Apesar dos empecilhos, conseguiu a chance de defender a Seleção Brasileira sub-20.


A ascensão ao profissional ocorreu em 2016, aos 19 anos, no Vitória das Tabocas, equipe de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Defendeu também o Grêmio Osasco Audax, o Lviv, da Ucrânia, por oito meses, e retornou ao Brasil para defender o 3B da Amazônia – clube pelo qual conquistou um título estadual.


Em 2020, Camila recebeu proposta para defender o embrionário projeto de futebol feminino do Cruzeiro. A identificação com o clube foi imediata.
Em sete anos de carreira, superou diversas lesões em praticamente todos os clubes em que jogou. No entanto, ela conta que os problemas físicos não a afetaram, uma vez que ela sempre foi mentalmente muito pronta para qualquer adversidade.
Além disso, emocionada, ela relata a importância do Cruzeiro durante os momentos difíceis da carreira. Segundo Camila, o clube proporcionou todo o suporte essencial para a recuperação e hoje, é considerado por ela, uma segunda família.


Mas esses não foram os únicos obstáculos que a atleta de 27 anos teve que superar para seguir seu sonho no futebol. Ela conta que, ainda quando criança, as escolinhas de futebol dificilmente a deixavam jogar por ser mulher. O pai dela teve que incentivá-la e treiná-la por muito tempo. A relação com a família sempre foi muito forte, o que causava um certo receio na mãe em deixar Camila investir no projeto de se tornar atleta profissional de futebol.
Atualmente, vive bom momento na Toca da Raposa. O Cruzeiro decepcionou nos últimos campeonatos mineiros ao ser derrotado para o rival Atlético três vezes seguidas. Entretanto, Camila crê que este ano, a história pode ter um final feliz para a torcida cruzeirense. Segundo ela, o elenco atual é mais competitivo, maduro e mentalmente preparado do que era nas temporadas passadas.
Reportagem fera demais!
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