Torcidas antifascistas dentro do futebol são numerosas em 2021, especificamente no Brasil
Em 2020, mesmo em meio à pandemia de covid-19, as torcidas foram às ruas em protesto à forma negligente de atuação do governo federal, que constantemente negou a gravidade da doença e incentivou/promoveu aglomerações no país. No começo de junho, essas manifestações ocorreram em pelo menos 16 cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
A história das torcidas antifascistas é antiga, mas os surgimentos e ressurgimentos em cada localidade coincidem em um fato semelhante: a existência de governos autoritários.
Aconteceu na época da ditadura, com a Gaviões da Fiel apoiando abertamente o voto direto, sendo protagonista no movimento da Democracia Corinthiana e se declarando anti-fascista. Ocorreu também na Inglaterra, quando sindicatos trabalhadores se uniram como torcidas organizadas dentro do futebol (hooligans) para protestar contra as medidas autoritárias de Margaret Thatcher, também levantando a bandeira do anti-fascismo.
Mas, afinal, qual é essa relação? Por que o surgimento de governos autoritários gera o surgimento de torcidas anti-fascistas dentro do futebol? É notável que essas organizações sejam criadas nesses momentos, mas qual a relação com o futebol e defender a democracia levantando as cores do seu clube do coração? Neste segundo episódio do MartaCast, nós trouxemos pesquisadores e comunicadores para nos auxiliar com essas reflexões. Te convidamos a ouvir e participar dessa conversa com a gente!

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