É preciso reconhecermos que a mídia esportiva brasileira é racista para vislumbrarmos algum caminho para que ela se transforme numa mídia comprometida com a luta antirracista.
Categoria: Esporte e Democracia
Após a morte de George Floyd (EUA) e João Pedro (Brasil), vítimas da violência policial e do genocídio negro que assola de norte a sul o continente, atletas usaram sua presença nas redes sociais e nas quadras como forma de combate ao racismo. Te convidamos a conhecer a trajetória da luta antirracista dentro e através do esporte.
Personalidades do esporte, jornalistas e pesquisadores se juntaram para lançar o movimento em resposta ao cenário de caos social, político e econômico que vivemos. Em 2020, teve destaque a atuação do movimento na defesa de Carol Solberg, se opondo à aplicação da Regra 50 da Carta Olímpica.
Está no ar o segundo episódio do MartaCast! Te convidamos para uma conversa sobre as Torcidas Antifascistas. Trouxemos pesquisadores e jornalistas para contar sobre a origem, história e importância desses grupos engajados para o esporte e manutenção da democracia.
Preço médio dos ingressos mais baratos no Brasil aumentou 300% entre 2003 e 2013, o que afastou as classes mais baixas do estádio. Por outro lado, sabemos que ainda hoje mas mais intensamente no passado os estádios de futebol eram bastante inóspitos para mulheres, pessoas com deficiência e LGBTQIA+.
Acompanhamos a situação das equipes femininas de base dos 3 grandes times de BH: Atlético, América e Cruzeiro. A falta de visibilidade e investimento intensifica a fragilidade da modalidade, mais suscetível a abalos em cenários de crise do que as categorias de base masculinas.
Naturalização do machismo e da homofobia na cultura das torcidas faz com que mulheres e comunidade LGBTQIA+ não se sintam acolhidos e seguros o suficiente nesses espaços. Mas não faltam casos de resistência.
Redações da mídia hegemônica são dominadas por homens cis héteros e brancos. Não à toa, historicamente, o jornalismo que delas saiu é também muito pouco diverso, adotando por vezes uma posição que se diz apolítica.
A organização social “De Peito Aberto” desenvolve, entre outros projetos, o “Superação”, voltado para menores acautelados do sistema socioeducativo, e o “Futebol nas Arenas”, voltado especificamente para meninas, as levando para jogar em arenas profissionais como forma de incentivo e defesa do futebol feminino.
Líderes de diversas nações utilizaram o esporte como estratégia política, seja para unir a população ou se promover. O Brasil tem como exemplo Bolsonaro, que já usou camisas de 81 times de futebol durante o mandato. Propomos uma reflexão sobre as razões e efeitos do entrelaçamento entre esporte e política.